HISTÓRIA

A cura é uma busca constante da humanidade!
Todas as pessoas em alguma época de suas vidas
precisam desesperadamente da cura para seus males,
sejam de ordem física, emocional, espiritual ou de
outra área qualquer da vida. Aquele que está com
dor ou com o diagnóstico de um mal físico procura
o médico, toma remédios e faz tratamentos. A pessoa
afl ita, com dores em sua alma, busca as terapias para
curar seus temores, complexos e angústias. O falido
está pesquisando a melhor maneira para se livrar das
suas dívidas. Dessa forma, todos procuram algum
tipo de cura, e a ciência, as terapias e os orientadores
do mercado fi nanceiro ditam caminhos para a cura.
Todavia, o verdadeiro remédio, segundo as palavras
de Jesus, está na fé em Deus. Aprendemos pelas
Escrituras Sagradas que a fé nasce à medida que
ouvimos interessadamente a pregação do Evangelho;
mas, infelizmente, a expressão “tenha fé” foi banalizada,
e ela pode estar dizendo “creia em você, confi e no
seu potencial, acredite na ciência, nas terapias, etc…”.
Na verdade, todos têm algum tipo de fé e a questão
é no que e em quem se crê. A fé em Deus não deve
ser estabelecida como uma alternativa entre essas,
mas, sim, como a única possibilidade; ainda deve ser
fi rmada sobre quem Ele é e não apenas no que Ele
pode fazer. A fé em Deus cura o corpo, a alma e o
espírito, bem como restabelece a saúde fi nanceira ou
relacional.

Texto: Apascentai O Pequeno Rebanho 2024 – “Assim diz o Senhor” – Igreja OBPC Mandaqui – “Amando Deus, Pessoas e Servindo”

O apóstolo Paulo disse que não precisava de muito
para viver contente e sabia viver bem sob quaisquer
circunstâncias. Ele sabia que não precisamos de
muito para ser felizes, e com pouco é possível fazer
grandes coisas. Já o profeta Elias é voz de Deus para
ensinar àquela pobre viúva que havia solução para
os seus problemas, mesmo tendo poucos recursos.
Tanto no fato histórico no caso da viúva de Sarepta
como no doutrinamento paulino, aprendemos que
ao crer na Palavra de Deus, podemos pegar o pouco
que está em nossas mãos e gerar grandes coisas. Por
meio da fé, Elias foi até o ribeiro de Querite, sendo ali
sustentado com carne trazida diariamente por garçons
que trabalhavam para Deus (isso mesmo: Deus
transformou corvos em garçons); depois, movido pela
mesma fé, foi para Sarepta onde se encontrou com
a viúva e passou a ensiná-la em como agir por meio
da fé. Perceba a equação espiritual que se desenvolve
tanto na vida de Elias como na da viúva: Ouvir + Crer
+ Fazer = Obter. Se você e eu, tal como Elias e a viúva,
ouvirmos o que Deus fala, crermos naquele que falou e
fazermos o que ele disse, então a promessa de não ter
falta alguma se cumprirá. Eles usaram dessa fórmula
espiritual e foram sustentados de forma sobrenatural
em tempos de crise; e se nós a usarmos, também o
seremos! Para fazer do quase nada grandes coisas, é
preciso ouvir o que ninguém está ouvindo, ver o que
ninguém está vendo e falar mediante o que vê e ouve,
ainda que isso pareça loucura aos que não têm a
mesma percepção e fé.

Texto: Apascentai O Pequeno Rebanho 2024 – “Assim diz o Senhor” – Igreja OBPC Mandaqui – “Amando Deus, Pessoas e Servindo”

Diante de um quadro de opressão imposta por
reis que se levantam contra Acaz, no propósito de
tomar Jerusalém, surge o profeta Isaías para indicar
o caminho a ser tomado para a resistência e vitória:
permanecer na fé! Muito se fala de fé hoje em dia, e a
bem da verdade, todas as pessoas possuem fé; todavia,
é preciso entender qual o nascedouro da fé e no que
ou em quem ela está apoiada. As pessoas têm fé em
ídolos mortos, em ideologias humanas, na superstição,
em pessoas ou em si mesmas. Quando falamos de fé
cristã, estamos nos referindo a crer em Deus a ponto
de viver mediante o que diz a sua Palavra; afi nal, a fé
vem pelo ouvir (e fazer) o que a Palavra de Deus diz
e indica. Se você disser “eu creio em Deus, mas estou
com medo do que pode acontecer no dia de amanhã”,
então a sua fé não está fundamentada na Palavra de
Deus, portanto não é fé em Deus. Tem gente que diz
que crê na oração, mas eu não encontro base bíblica
para crermos na oração, até porque a oração é uma
atividade humana (Deus não ora); portanto, quando
afi rmamos crer na oração, estamos fundamentando
nossa esperança na capacidade humana. O correto é
crer em Deus e orar a Ele crendo que Ele nos atende
naquilo que é sua vontade. Na verdade, encontramos
religiosos instáveis porque fundamentam de maneira
errada a sua fé. Creia em Deus, e então você verá a
Glória Dele!

Texto: Apascentai O Pequeno Rebanho 2024 – “Assim diz o Senhor” – Igreja OBPC Mandaqui – “Amando Deus, Pessoas e Servindo”

Ezequias foi um homem extraordinário que
alcançou coisas que todas as pessoas almejam, e tudo
foi fruto do presente de Deus sobre a sua vida. Certo?
Não, a afi rmação acima está errada. Todas as bênçãos
que vieram sobre a vida dele foram fruto de conquista e
não de Graça Divina, pois Ezequias “fez o que era reto…
realizou o serviço de todo coração…”, noutras palavras
ele suou a camisa com muito esforço e dedicação, teve
resiliência e quando afrontado manteve-se animado
por meio da confi ança em Deus. Certamente agiu
com fé e não se entregou à preguiça; pelo contrário,
dormiu pouco e trabalhou muito, e então… “foi bemsucedido”.
A Graça é o favor imerecido de Deus,
enquanto a bênção é a resposta divina ao esforço e
dedicação humana, e por isso uns são abençoados e
outros não. Aqueles que leram as primeiras palavras
do texto tendo em si um ar de concordância foram
pegos pelo raciocínio comum de que Deus é tão bom
que faz tudo para nós e nada é fruto do nosso mérito;
então, a ignorância sobre Deus nos engana e nos leva
a pensar que não temos mérito em nada. Vejo alguns
jogadores de futebol que, ao fazerem um belo gol,
levantam em comemoração o dedo indicador ao céu
creditando a Deus e fazem gestos e até falam: “não fui
eu, foi Deus!” Lamento informar que Deus não faz gol!
Eles treinaram, esforçaram-se e até mesmo pediram
saúde a Deus, mas foram eles que chutaram a bola. A
narrativa das bênçãos sobre Ezequias aponta que reis
vinham e traziam coisas preciosíssimas para o rei de
Israel (32.23), ele teve riquezas e glória em abundância,
foi bem-sucedido na agricultura e na pecuária (32.27-
28) e os versos seguintes falam de suas inúmeras
conquistas. Ele foi um abençoado porque semeou
muito trabalho, dedicação e esforço, e aquilo que
semeamos nos dá o mérito daquilo que colhemos!

Texto: Apascentai O Pequeno Rebanho 2024 – “Assim diz o Senhor” – Igreja OBPC Mandaqui – “Amando Deus, Pessoas e Servindo”

Depois que Ezequias fez todas as coisas certas
e aprovadas por Deus, ele sofreu o ataque de
Senaqueribe, rei da Assíria, que desejava conquistar
Judá e ampliar seu território. Mesmo quando tudo
está sendo feito de acordo com a vontade de Deus,
estamos sujeitos a sofrer perseguições e ataques do
inimigo. Aliás, o nosso sucesso e aprovação divina
vão atrair olhares invejosos e a fúria do inferno.
Não faça aquela conta simples e inverídica de que
quando fazemos tudo certo, tudo vai fl uir e não
teremos problemas. Sempre teremos problemas!
Estamos num mundo imperfeito e vivendo debaixo de
circunstâncias impróprias para aqueles que desejam
viver corretamente. Ezequias não se deu por vencido e
montou estratégias para combater Senaqueribe. Com
isso, aprendemos a validade do ensino de Jesus sobre
sermos simples como a pomba e prudentes como
a serpente. Além das estratégias, o rei promoveu o
encorajamento do povo, e nisso vemos a importância
de estar sempre fortalecendo o ânimo dos irmãos
em suas difi culdades. Antes de buscar motivos para
entender o porquê seu irmão está sofrendo, cabe-lhe
ter misericórdia e procurar encorajá-lo! Assim como
aconteceu com Ezequias, quanto mais você acerta o
alvo, cumprindo a vontade de Deus, mais o inimigo
usa de mentiras, ameaças e zombaria. O objetivo
dele é intimidar, assustar e enfraquecer, e para ter
êxito nessa empreitada ele procura minar o poder
das autoridades e desvalorizar a Palavra de Deus na
boca delas. Muitas foram as difi culdades enfrentadas
por Ezequias ao fazer o que era certo, mas Deus lhe
deu vitória. Permaneça fazendo o que é certo e Deus
também lhe dará vitória!

Texto: Apascentai O Pequeno Rebanho 2024 – “Assim diz o Senhor” – Igreja OBPC Mandaqui – “Amando Deus, Pessoas e Servindo”

Havia aqueles que não se consagravam e faziam o
serviço e o culto de forma desleixada; todavia, Ezequias
toma a postura de intercessor, para pedir perdão por
eles. Há alguns anos atrás, se eu estivesse vivendo uma
situação semelhante à de Ezequias, com uma parte
daqueles obreiros da igreja que deveriam se consagrar
e não o faziam, certamente eu lhes daria um sabão
(linguagem popular para dizer que os admoestaria
severamente). Ezequias não fez isso, mas intercedeu
por eles. Quando estamos em aliança com Deus,
entendemos quem é o nosso verdadeiro adversário, e
isso nos permite olhar com misericórdia para aqueles
que são fracos, pois sabemos que estamos no mesmo
time. No futebol ou qualquer outro esporte coletivo,
os times vencedores são aqueles que, diante dos
erros de seus companheiros, os outros jogadores se
colocam numa postura de incentivo, encorajamento
e até mesmo de fazer por eles aquilo que eles não
conseguiram fazer. Já nos times perdedores sobram
críticas, acusações e ofensas. O apóstolo Paulo afi rma
que a nossa luta é contra demônios, e Tiago diz que,
se nos devoramos uns aos outros, há o perigo de nos
destruirmos mutuamente. A doutrina e ensinamento
sobre esse assunto é farta, e o próprio Senhor Jesus
disse que uma casa dividida entre si não subsiste.
Vamos ter outra postura diante dos erros dos irmãos
e vamos ser intercessores deles. Vamos aprender com
Ezequias! No versículo 18 ele está intercedendo pelos
sacerdotes que não se consagraram; já no versículo
27, esses mesmos sacerdotes estão orando pelo povo,
para os abençoar! Isto é vencer o mal com o bem!
Lembre-se: Estamos no mesmo time!

Texto: Apascentai O Pequeno Rebanho 2024 – “Assim diz o Senhor” – Igreja OBPC Mandaqui – “Amando Deus, Pessoas e Servindo”

Ezequias estava em todo tempo preocupado
com a honra de Deus. Identifi cava os ataques de
Senaqueribe como um ataque a Deus. Não tomava
como algo pessoal, e por isso as palavras e ações
do inimigo eram vistas como uma afronta a Deus.
A postura do rei de Judá refl ete o comportamento
dos verdadeiros servos de Deus, aqueles que sabem,
à semelhança de Paulo, que Deus vive neles e eles
devem viver para Deus. Quando consumidos pelo
desejo de atender nossos interesses, sejam eles de
natureza lícita ou não, estamos nos colocando no
perigoso caminho da exaltação própria, e isso nos
levará a buscar a Deus – se o fi zermos – apenas como
um supridor daquilo que precisamos, para alcançar
nossos intentos. Muitas vezes, tentamos fazer do
Senhor o nosso servo, ao menos em nosso conceito
e postura, como se isso fosse possível! A bem da
verdade, essa é a saga da maioria dos mortais: lutar
para obter realizações pessoais que supram seus
interesses e materializem seus desejos. Certamente
você já ouviu falar sobre buscar seus sonhos e até
mesmo já foi incentivado a correr atrás deles. Porém,
quando olhamos sob a ótica bíblica, qual deve ser
a nossa postura em relação aos nossos desejos,
necessidades e sonhos, percebemos claramente que
o próprio Deus se ocupa com eles à medida em que
nos ocupamos com o seu reino e a sua vontade. Você
e eu precisamos tomar a decisão entre correr atrás
daquilo que queremos, ou deixar nas mãos de Deus o
tratar daquilo que nos interessa, por estarmos muito
comprometidos em cuidar daquilo que interessa a
Deus. A proposta de Deus é para cuidarmos do Reino
Dele e Ele cuidará de nós. Você topa?

Texto: Apascentai O Pequeno Rebanho 2024 – “Assim diz o Senhor” – Igreja OBPC Mandaqui – “Amando Deus, Pessoas e Servindo”

Algo lindo que Deus fez, ao criar o homem, foi darlhe
a liberdade para fazer suas escolhas. Perceba que
havia no Éden um fruto proibido, mas o Criador não
cerceou Adão de tomar suas decisões. Acredito que
seria muito fácil para Deus gerar barreiras para que
Adão não se aproximasse do fruto impróprio para o
consumo, todavia, tal acesso não lhe foi obstruído. Ali,
pela primeira vez, Deus falou ao homem a Sua vontade
e deixou que ele tomasse a decisão de viver ou não
em harmonia com ela. Já o rei Ezequias viveu a maior
parte de sua vida dentro da vontade diretiva de Deus.
Todavia, quando contrariado em seus interesses, usou
do crédito que possuía e pediu a Deus algo contrário
ao plano e propósito do Criador. Deus atendeu a
Ezequias, e fez que a Sua vontade permissiva entrasse
em ação, e isso não foi para o bem da nação e da
biografi a do rei. A Bíblia informa que, enquanto
Ezequias buscou ao Senhor, prosperou em tudo que
fez, pois fazia o que era reto aos olhos de Deus; mas
desde o fatídico momento em que decidiu pedir para
receber uma permissão (note que a permissão dada
por Deus não refl etia o seu propósito original) para
que sua vontade prevalecesse, o rei passou a colocar
os pés pelas mãos. Nos quinze anos a mais de vida
que recebeu, foi concebido em seu coração o orgulho
por suas realizações; também lhe nasceu Manassés,
o fi lho que veio a ser um dos piores reis de Judá.
Em cinquenta e cinco anos, Manassés destruiu tudo
que seu pai havia feito. De prático, aprendemos que
existem coisas que podemos pedir ao Senhor, mas
elas podem se tornar um impeditivo para que o nosso
compromisso com Deus se expresse por um viver no
centro da sua vontade diretiva.

Texto: Apascentai O Pequeno Rebanho 2024 – “Assim diz o Senhor” – Igreja OBPC Mandaqui – “Amando Deus, Pessoas e Servindo”

Já vimos repetidas vezes que o rei Ezequias foi um grande homem tanto em sua devoção a Deus como no seu governo sobre o povo de Judá. Suas realizações são narradas de forma entusiástica no texto sagrado; todavia, ele convivia com debilidades que por fim se manifestaram. O texto diz que “…o seu coração se exaltou…”. Ainda que o verso seguinte afirme que “Ezequias se humilhou por se ter exaltado…”, e isso mantém a sua condição de um grande homem de Deus, temos o indicativo de que dentro dele havia um inimigo que precisava ser mantido sob controle. E assim caminha a humanidade! Todos possuem uma área de risco, a despeito do quanto são devotos, íntegros e dedicados a Deus. Todos possuem um ponto de fraqueza; e a sabedoria reside em identificar e manter sob vigilância aquilo que poderá causar a nossa derrocada na vida. Alguns têm fraqueza na área sexual; outros tem problemas com avareza ou ganância; ainda existem os gulosos, os viciados e os orgulhosos (como Ezequias), dentre tantas outras marcas que identificam fragilidade de caráter. E você, já identificou qual é o seu inimigo de estimação, aquele que mesmo depois da conversão não foi abandonado? Nos últimos anos de sua vida, o rei de Judá se exaltou, teve problemas por causa disso e pecou, mas também se arrependeu e foi perdoado. É didático observar que depois da sua restauração, por um longo tempo, Deus provou Ezequias para avaliar se ele vencera sua fraqueza. Portanto, se em algum momento a sua área de risco fez você tombar, saiba que é possível retomar o caminho, mas as coisas não serão fáceis como antes, pois o próprio Deus vai colocá-lo na casa do oleiro para quebrá-lo e fazer de você um novo vaso. Espero que você não fuja do tratamento de Deus.

Texto: Apascentai O Pequeno Rebanho 2024 – “Assim diz o Senhor” – Igreja OBPC Mandaqui – “Amando Deus, Pessoas e Servindo”